Mercado de defensivos biológicos deve crescer de 20% a 25%

Após registrar um aumento de 77% em receita de vendas no ano passado, a indústria de biodefensivos tem expectativa mais moderada para 2019 e espera crescer em torno de 20%, em linha com a média histórica do setor. “A gente não acredita em um crescimento tão vertiginoso agora, em 2019. A expansão anual do setor deve voltar ao nível de 20% a 25% pelos próximos cinco anos”, informou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABC Bio), Arnelo Nedel. As vendas das empresas representadas pela entidade (70% do setor) chegaram a R$ 464 milhões 2018, ante R$ 262 milhões no ano anterior.

Nedel atribuiu o crescimento das vendas a mudanças regulatórias para o segmento no âmbito do Ministério da Agricultura e ao acesso a linhas de crédito especiais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as empresas nos últimos anos. “O mercado consumidor também está buscando produtos livres de resíduos”, avaliou.

Registro de defensivos biológicos em 2018 foi recorde, diz Agricultura
Dentre os segmentos agrícolas em que o biodefensivo é aplicado, a fruticultura e horticultura apresentaram maior crescimento proporcional em 2018, porque o consumidor tem mais exigências quanto à redução do uso de produtos químicos nos alimentos consumidos in natura. Mas, em volume, o maior mercado continuou sendo a produção de soja.

Além do crescimento das próprias empresas do setor, houve nos últimos anos a entrada de grandes players de defensivos químicos no segmento de controle biológico, adicionando escala ao setor. Ainda assim, a diretora-executiva da ABC Bio, Amália Borsari, apontou que o uso de biodefensivos não alcança 5% da produção em algumas regiões do país. Segundo a executiva, atualmente, há mais de 200 produtos registrados, volume que cresceu mais de 50% no período de dois anos.

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